Proteger dados próprios e de terceiros é uma necessidade para todas as organizações, visto a importância que representam para a sustentabilidade e conformidade com a lei. Estima-se que 33% dos incidentes como vazamentos podem ter causas internas , apenas este ano, segundo o relatório da Forrester.
No cenário atual, garantir a segurança sobre todas as etapas do tratamento do grande volume de dados em tempo real e proteger contra as ameaças de ataques cibernéticos são pontos básicos de atenção. É preciso também aplicar os procedimentos de segurança de dados para todas as áreas e pessoas envolvidas direta ou indiretamente com informações.
Preparamos 5 dicas sobre como garantir a segurança de dados para empresas através de uma gestão eficiente voltada para prevenção de erros que possam interferir na imagem e também na adequação às normas. Confira, a seguir.
Todas as empresas que realizam o tratamento de dados pessoais de potenciais consumidores, clientes ou funcionários, coletados no território brasileiro, com o objetivo de ofertar produtos e serviços ou outras finalidades econômicas, seja por meio digital ou físico, devem estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD - Lei nº 13.709).
Isso porque a LGPD já está em vigor no Brasil e prevê uma série de práticas de gestão e operação, regulamentadas para a coleta, armazenamento e proteção de dados de terceiros, considerando todas as etapas e os responsáveis sobre tratamento de dados por empresas. A Lei, prevê a fiscalização e punição com advertências, ou até multas, para os casos de descumprimentos e inconformidades.
Estima-se que menos de 50% das empresas tenham alguma normativa interna sobre o assunto, segundo a consultoria ICTS Protiviti, e que 84% ainda não estão preparadas. Para verificar se a sua empresa está alinhada perante a LGPD, vale a pena conferir o material desenvolvido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) - o Guia de Avaliação de Conformidade, com perguntas e respostas rápidas que orientam o processo.
Utilizar a internet para troca de dados representa riscos de ataques mal intencionados e ser uma porta de entrada para exposição de informações sigilosas. A criptografia de dados é uma prática eficiente para a segurança da informação e consiste em codificar e decodificar dados como senhas e chaves de acesso, por exemplo, minimizando os riscos de invasões a sistemas.
Existem ferramentas para criptografia que ajudam a proteger a troca de informações através da criptografia. Elas funcionam por meio de uma chave de acesso, sem a qual é praticamente impossível decodificar a mensagem.
Soluções em cloud computing, ou computação na nuvem, também fazem parte dos procedimentos de segurança de dados para empresas que podem ser implementados com a finalidade de aumentar a proteção de informações.
Em linhas gerais, o armazenamento de dados na nuvem permite garantir acesso e compartilhamento de dados de maneira descentralizada e ágil, e ao mesmo tempo, garantir que o acesso seja controlado por meio de tokens, senhas e outros recursos de autenticação pessoal.
Ao decidir por uma solução como essa, é preciso que a empresa estruture e estabeleça diretrizes alinhadas à governança em TI. Isso significa, na prática, adotar procedimentos, ferramentas e também uma postura de todos os responsáveis pelo tratamento de dados que seja voltada para a integridade da empresa, considerando fatores relacionados à segurança e principalmente à mitigação de riscos.
O tratamento de grande volume de dados, levanta um questionamento importante sobre como criar políticas de governança que sejam capazes de mitigar riscos e aumentar a segurança da informação para as empresas. Neste caso, é fundamental que gestores, áreas, fornecedores, colaboradores e parceiros externos, estejam todos alinhados às diretrizes de compliance da empresa.
Faz parte dessas medidas, criar mecanismos que permitam verificar a identidade e conduta, a fim de entender quais pontos podem representar as vulnerabilidades de segurança, por exemplo, no acesso e tratamento de dados na empresa.
Para a gestão de riscos em TI, portanto, é fundamental contar com a adoção de procedimentos e tecnologias que tenham por objetivo reduzir, ao máximo, as chances de acessos por pessoas não autorizadas, interrupção de atividades ou mesmo sequestro de dados.
Cada vez mais comum, os serviços, áreas e operações de empresas que demandam a busca, coleta, organização e higienização de grande volume de dados, estão entre as atividades com maiores riscos.
Isso porque, além de lidar com informações estratégicas e, em alguns casos, até mesmo dados sensíveis, tanto do público interno (colaboradores, sócios, gestores e etc.) quanto externo (contatos de marketing, dados de clientes, fornecedores, concorrentes e etc.), o tratamento de dados em grande escala, com a coleta em diversas fontes de dados, quando feita manualmente, pode representar mais chances de falhas de segurança.
Atualmente, o uso de tecnologias como os crawlers, ou robôs personalizados para coleta de dados, é um recurso que tem ajudado empresas de diversas áreas a conquistar melhores resultados em produtividade, com procedimentos mais seguros, ágeis e precisão.
Na prática, os crawlers podem realizar milhares de consultas de dados por minuto e entregá-los, já estruturados, em softwares e plataformas de data analytics ou seja qual for o sistema de gestão. Isso implica em um controle mais eficiente ao acesso e proteção aos dados.